
Outro dia estava sentada na porta da minha casa, olhando para o nada, mergulhada numa onda de pensamentos, sobre minha vida, sobre meus amigos, sobre minha família, enfim, sobre o que exatamente, não vem ao caso agora. A questão é, em meio a tantos pensamentos que rondavam a minha mente me virei e me deparei com um casal, um casal já idoso. A mulher deveria ter por volta dos seus 60 anos, apesar da idade, uma mulher muito bonita. O homem, não parecia ser mais velho que ela muitos anos, e também desprezando sua idade, um homem bem apessoado. Eles se abraçavam, se acariciavam, riam... Mas o que me chamou atenção mesmo, foi a forma como eles se olhavam, era um olhar apaixonado, um olhar meigo, um olhar que transmitia tanta ternura e amor, que chegava a me faltar ar... Um olhar que eu nunca tinha recebido, visto, ou presenciado em nenhum lugar... Tentei desviar o olhar. Por que será que um casal normal me chamava tanto atenção? Será que era só eu que os olhava assim, de uma forma tão penetrante e estática? Olhei ao redor, e sim, eu era a única que os olhava tão fixamente. Depois de alguns minutos de inquietação, não consegui suportar a vontade de ir falar com eles, me levantei, caminhei ate onde eles permaneciam sentados e chegando lá, dei boa tarde, perguntei como estavam e sem mais delongas parabenizei-os pelo infinito amor que demonstravam ter e perguntei a quanto tempo se conheciam, disse-lhes que eu queria um amor assim, exatamente igual ao deles. O senhor, na sua infinita educação e sutileza, me falou que eles tinham acabado de fazer dois meses de casados. Me surpreendi com a fala do senhor. Como poderia, em tão pouco tempo, eles demonstrarem tamanho amor? Então, antes que eu concluísse meu pensamento, ele continuou dizendo que não estranhava a minha cara de surpresa, e concordou que realmente era pouco tempo. Mas, que, na idade em que eles se encontravam, não era fácil encontrar alguém para dividir uma história, e que por isso, ele viviam esse AMOR tão intensamente e que eles sabiam que era amor. Por que a cada manhã, quando acordavam e se entreolhavam eles se apaixonavam novamente, por que cada palavra que saia da boca de cada um, soava como uma música, calma e bela, no ouvido do outro. E por que eles sabiam que podiam contar um com o outro, por que apesar de terem pensamentos e ideologias diferentes, cada um, sabia respeitar o outro como pessoa. Ele finalizou, seu brilhante discurso, me dizendo que eu precisava viver cada instante intensamente, por que o amanhã poderia não chegar, e se chegasse, eu poderia dizer que VIVI, não apenas EXISTI, e que assim, com certeza eu encontraria, mais dia, menos dia, um amor, tão intenso, terno e verdadeiro como o deles.
Que vocês vivam intensamente, e que não se arrependam de nada, por que a vida é muito curta para lamentações.
por: Deuza Martins.
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Outro texto pra vocês, espero que vocês gostem.
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Até a próxima blogueiros. Beijinhos e Tchauzinhos. ;*